domingo, 3 de julho de 2011

SOBRE O CONHECIMENTO HUMANO (VERDADE DAS COISAS)

   Duns Scot, argumenta sobre a questão de existir possibilidade de alguma verdade certa e  integral ser naturalmente conhecida pelo intelecto humano, sem a ajuda da iluminação divina. Pondo a questão, ele questiona sobre o conhecimento humano na seção I de Opus Oxonienses. Primeiramente, ele  vai buscar pontos  em agostinho, que sustentam a iluminação como necessária para que o intelecto humano, mas, Scot também infere que  se agostinho estar levando em consideração os princípios primeiros como o de não contradição por exemplo,  essa apreensão bela e simples que são razões eternas existentes em Deus, não são atingidas apenas por poucos, pois, esses primeiros princípios são comuns e evidentes para todos.
  Entretanto, com a noção de  ser e verdadeiro de Henrique de Gand, Duns Scot posiciona-se sobre a questão da verdade, primeiramente, fala que a função própria do intelecto é conhecer o que é verdadeiro, depois, apóia-se  nos conceitos de fabricado e não-fabricado de Platão (o primeiro como representação universal e o segundo como idéia na mente divina), depois acrescenta  a posição de Aristóteles em metafísica I, que diz que a verdade das coisas são conhecidas através da sua conformidade com a representação inteligível, que segundo ele parece também ser uma posição defendida por agostinho.
Portanto, com essas informações, Scot expõe três razões que segundo ele é impossível chegar a uma noção inteiramente certa e infalível da verdade das coisas. A primeira, diz respeito ao objeto do qual o exemplar foi extraido,  que é mutável e portanto, não pode ser causa de algo imutável. A segunda, corresponde ao sujeito onde o exemplar estar,  pois,  a alma é passível de erro, e não pode ser regulada por algo que seja mais mutável que ela. Por ultimo é centrada no próprio exemplar, visto que, ninguém tem uma noção certa e infalível da verdade se não estabelecer um critério para discernir o verdadeiro do verossímil.

Referencia bibliográfica.
   SCOT,John Duns :Escritos filosoficos/ Tradução e notas Arthur Nascimeto e Raimundo Vier-Sao Paulo:Nova Cultural, 1989 (os pensadores).

4 comentários:

  1. Esse autor, Duns Escoto, nos surpreende mesmo ao abordar temas tão atrativos e polêmicos como vontade, paixão e a ação, que impulsiona tudo. Ele foi incisivo e de fortes opiniões, diferenciou a filosofia da teologia e seus argumentos eram firmes e estruturados, como o blog deixa bem claro.

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  2. A posição assumida por Scott é interessante, talvez se a modernidade (leia Descartes) houvesse lido bem Scott não teriam cometido o erro de achar que conhecer implica infalibilidade, Duns Scott provavélmente pode ser considerado uns dos precursores do falibilismo epistemológico.

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  3. João Duns Scotus é um filosofo interessante e importante, pois sua concepção sobre o conhecimento humano está relacionado com o princípio de verdade. Porém o mesmo afirma que impossível chegar uma noção inteiramente certa e infalível de verdade das coisas. E com isso, percebemos que ele foi um dos primeiro percussores do falibilismo.

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  4. SCOTUS: SENDO ESCOLÁSTICO,PROCUROU VALORIZAR OS INDIVÍDUOS, TANTO NA SUA DIMENSÃO METAFÍSICA, QUANTO NO PONTO DE VISTA ÉTICO, AO DEFENDER O LIVRE-ARBÍTRIO. PARA O INDIVÍDUO É INTELIGÍVEL EM VIRTUDE DO CARÁTER FORMAL DO INICIO DE SUA INDIVIDUAÇÃO. AQUILO QUE O FAZ SER.

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